terça-feira, 26 de maio de 2015

DINHEIRO DO FGTS VOA PARA BNDES.- E o trabalhador como fica?

O conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) autorizou na tarde desta terça-feira, 26, a transferência de até R$ 10 bilhões do FI-FGTS para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O conselho é composto por 24 integrantes, dos quais a metade indicada pelo governo e o restante por centrais sindicais e associações patronais.
Houve apenas um voto contrário à proposta de repasse, da Confederação Nacional de Serviços (CNS) e duas abstenções. O BNDES vai oferecer ao FI-FGTS uma carteira de R$ 25 bilhões em projetos. A decisão pela escolha das operações será do comitê de investimento desse fundo, também constituído com representantes do governo (6 membros), dos trabalhadores (3) e dos patrões (3). A rentabilidade mínima será de 7% ao ano mais TR e o prazo de resgate de dois anos.
O FI-FGTS é um fundo de investimento bilionário que usa parte do conjunto de saldos de todas as contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para fazer investimentos em infraestrutura, por meio de financiamentos ou participação societária. Nesse fundo, o trabalhador não pode investir diretamente. Pelo regulamento, o FI-FGTS não pode investir em bancos comerciais, públicos ou privados, nem no BNDES. No entanto, o conselho curador já autorizou, em 2008, a emissão de R$ 7 bilhões em debêntures para o BNDES.
O governo quer que, de imediato, sejam repassados R$ 10 bilhões para o banco de fomento. Em seguida, prevê a criação de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) com carteira de até R$ 15 bilhões (juntando outro repasse programado de R$ 5 bilhões).

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